Jiu-Jitsu e Autismo: Felipe Nilo transforma vidas com projeto pioneiro

O Jiu-Jitsu vai muito além das competições e medalhas. Prova disso é o trabalho do faixa-preta Felipe Nilo, pioneiro no Brasil ao desenvolver um projeto exclusivamente voltado ao autismo por meio da arte suave. Ex-atleta profissional de MMA, com passagens por treinos ao lado de lendas como Rodrigo Minotauro e Anderson Silva, Felipe decidiu pendurar […]

Foto: Arquivo pessoal

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O Jiu-Jitsu vai muito além das competições e medalhas. Prova disso é o trabalho do faixa-preta Felipe Nilo, pioneiro no Brasil ao desenvolver um projeto exclusivamente voltado ao autismo por meio da arte suave.

Ex-atleta profissional de MMA, com passagens por treinos ao lado de lendas como Rodrigo Minotauro e Anderson Silva, Felipe decidiu pendurar as luvas e dedicar sua carreira ao ensino do Jiu-Jitsu como ferramenta de inclusão e desenvolvimento infantil.

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O Espaço Felipe Nilo e os cursos de inclusão

À frente do Espaço Felipe Nilo, o professor criou cursos práticos voltados a professores de artes marciais, pais e praticantes, com o objetivo de capacitar pessoas a lidarem corretamente com crianças dentro do espectro autista.

Entre os projetos, destaca-se o curso “Neurodesenvolvimento: Psicomotricidade, Esportes e Autismo”, que desmistifica a teoria e traz práticas aplicáveis no dia a dia. O curso aborda temas como psicomotricidade, fases do desenvolvimento infantil, dificuldades sensoriais e estratégias para criar um ambiente acolhedor nos tatames.

O Módulo 1 já foi direcionado a professores de artes marciais, e o Módulo 2 será lançado em novembro.

Benefícios do Jiu-Jitsu para crianças com autismo

Segundo Felipe Nilo, o Jiu-Jitsu oferece benefícios significativos às pessoas dentro do espectro, como:

  • Redução do estresse: prática física ajuda a equilibrar a rotina intensa de terapias.
  • Aumento da autoconfiança: o esporte estimula a autoestima e a segurança do praticante.
  • Ganho de massa muscular e resistência: essencial para quem enfrenta desafios como a hipotonia.
  • Coordenação motora: melhora tanto a motricidade ampla quanto a fina.
  • Interação social: facilita vínculos, amizades e contato visual.
  • Autodefesa contra bullying: não para atacar, mas para impor respeito e aprender a se proteger.

Desafios para professores

Um dos pontos ressaltados por Felipe é a falta de preparo dos professores para lidar com crianças com autismo.
Segundo ele, muitos instrutores experientes precisam “colocar a faixa-branca” e aprender do zero, já que cada criança é única e exige uma abordagem diferenciada.

Felipe destaca a importância de:

  • Criar um ambiente acolhedor;
  • Observar questões sensoriais, auditivas e comunicativas;
  • Manter a calma em momentos de crise;
  • Adaptar métodos para cada perfil individual.

Dicas para acalmar alunos autistas

Felipe Nilo também compartilha recomendações práticas para professores em situações de crise:

  • Descobrir o que antecedeu o comportamento.
  • Não aumentar o tom de voz e reduzir as demandas.
  • Ficar na altura dos olhos da criança.
  • Retirar objetos que possam oferecer risco.
  • Permitir estereotipias, exceto quando prejudiciais.
  • Criar um ambiente seguro e acolhedor.

Próximos passos

Os planos de Felipe Nilo envolvem expandir ainda mais o impacto de seus projetos. Entre eles, está a parceria com Rodrigo Cavaca para capacitar o maior número de professores pelo mundo, tornando as academias espaços inclusivos de qualidade.

Segundo ele, “se conseguirmos capacitar um professor em cada cidade, vamos transformar a vida de milhões de pessoas com autismo e outras síndromes por meio do esporte”.

Jiu-Jitsu e Autismo

Quem é Felipe Nilo?

Faixa-preta de Jiu-Jitsu e ex-lutador de MMA, pioneiro em projetos voltados ao autismo no Brasil.

Quais os benefícios do Jiu-Jitsu para crianças com autismo?

Redução do estresse, autoconfiança, coordenação motora, resistência física, interação social e autodefesa.

O que é o curso Neurodesenvolvimento: Psicomotricidade, Esportes e Autismo?

Programa criado por Felipe Nilo para capacitar professores, pais e instrutores no atendimento inclusivo.

Qual a maior dificuldade dos professores com alunos autistas?

Falta de conhecimento e preparo para lidar com necessidades individuais de cada criança.

Quais são os próximos projetos de Felipe Nilo?

Expandir a formação de professores ao redor do mundo, em parceria com Rodrigo Cavaca, e ampliar cursos voltados à inclusão.